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Ilhéus


Em 1534 Capitania de Ilhéus foi doada a Jorge de Figueiredo Correa, que mandou em seu lugar Francisco Romero que fundou a sede da capitania na atual Bahia do Pontal, dando o nome de São Jorge dos Ilhéus, uma homenagem ao donatário Jorge de Figueiredo e Ilhéus, devido à quantidade de ilhas que encontraram.
Em 1754 o governo português acabou com o sistema de capitanias hereditárias e as terras brasileiras voltaram para as mãos do governo. Foi nesta época que iniciaram o plantio do cacau. As primeiras sementes foram trazidas do Pará, pois o cacau é planta nativa da Amazônia.
Naquela época não se tinha conhecimento da importância do chocolate na alimentação e só se pensava em cultivar cana-de-açúcar. Somente no século seguinte, em 1821, com a chegada dos alemães na região de Ilhéus, começou o plantio do cacau como cultura rentável. Até o final deste século, foram os estrangeiros que plantaram cacau.
Com o sucesso dos estrangeiros, houve uma verdadeira corrida por parte dos próprios brasileiros para a ocupação das terras e o governo brasileiro doava terras a quem quisesse plantar cacau. Vieram sergipanos e pessoas fugidas da seca do nordeste, do próprio estado e de todo lugar. Em dez anos, a população cresceu de uma forma explosiva e se plantava cacau em abundância.
Nesta época começaram a construir belos edifícios públicos como o Palácio Paranaguá que abriga até hoje a Prefeitura Municipal e a sede da Associação Comercial de Ilhéus; belas casas, como a do "coronel" Misael Tavares e a da família Berbet, uma cópia do Palácio do Catete no Rio de Janeiro e muitos outros belos prédios. Na década vinte deste século, Ilhéus fervilhava de pessoas, de dinheiro, de luxo e riqueza. Até os anos 70 o cacau foi o principal gerador de divisas do estado, responsável por quase 60% de toda a sua arrecadação.
O fim do "auge do cacau" na Bahia começou a partir do final dos anos 80, quando os preços no mercado internacional despencaram por conta da grande oferta do produto em outros países, principalmente da África. A natureza também não colaborou, com poucas chuvas e castigando as plantações com a inclemência do sol. Finalmente, como golpe de misericórdia, um fungo vindo da Amazônia, conhecido por “vassoura de bruxa”, apodreceu os frutos e sepultou de vez as esperanças de produtores descapitalizados. Até hoje, Ilhéus e região não se recuperaram desta crise – Mata Atlântica / Caminhadas Ecológicas.
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