


Mata Atlântica
Faixa Altitudinal Submontana


Florestas tropicais submontanas se desenvolvem sobre solos estáveis, não inundáveis (hydromorfos) e relativamente profundos, como cambissolos e podsolos. Uma grande quantidade de material orgânico como folhas, outros restos vegetais, animais mortos, fezes, pêlos, acumula-se continuamente no solo da mata, formando uma camada de húmus produzida pela decomposição contínua causada por fungos e bactérias.
O clima é sombrio e úmido, sujeito a chuvas constantes, o que favorece a presença de muitos tipos de samambaias, avencas, musgos e algas que dependem diretamente da água para a sua reprodução e sobrevivência. Portanto, a diversidade biológica é muito rica nesta faixa.
As árvoles atinguem altitudes até 35 m e o estrato inferior contém diversas palmeiras como Astrocaryum aculeatissimum (brejaúba) ou Euterpe edulis (palmito juçara). A floresta submontana e montana é rica em epífitas, principalmente bromélias, o que as diferencia da floresta de terras baixas. Outras espécies caraterísticas da floresta tropical submontana divididas por estratos são:
Estrato superior (dossel):
Ocotea catharinensis (canela-preta), Sloanea guianensis (laranjeira-do-mato), Alchornea triplinervia (tapiá), Schizolobium parahyba (guapuruvu), Nectandra rigida (canelagaruva), Aspidosperma olivaceum (peroba-vermelha) und Virola oleifera (bocuva).
Estrato intermediário:
Bathysa meridionalis (macuqueiro), Euterpe edulis (palmito), Mollinedia spp (pimenteira), Psychotria suterella (grandiúva-d’anta, caféd’anta), Geonoma gamiova (palha) y Clusia criuva (mangue-do-mato).
Estrato arbustivo:
rubiaceae (Psychotria spp., Rudgea spp., Faramea spp.), pipe (Piperaceae) e acanthaceae (Justicia spp., Aphelandra spp.), xaxins-de-espino (Cyathea spp.).
Estrato inferior - herbáceo:
acanthaceae, rubiaceae, araceae, marantaceae e piperaceae.
* Fonte: Carlos Renato Fernandes (Floresta Atlântica)
Nicia Wendel de Magalhães (Descubra o Lagamar)